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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Fraude Loteria: PF cumpre mandado em Sergipe

Agentes não encontram suspeito e nada apreendem em Sergipe

Sob o comando da unidade de Goiania, no Estado de Goiás, agentes da Polícia Federal desencadearam nesta quinta-feira, 10, a Operação Desventura com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar o pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal. O esquema envolve a validação de bilhetes falsos, que conta com participação de funcionários do alto escalão da Caixa Econômica Federal, segundo informações da PF.
Os agentes da Polícia Federal também cumpriram mandados judiciais em Sergipe, mas não localizaram o suspeito, que deveria estar em Aracaju e nada apreenderam. Neste mandado judicial, os agentes agiram com o objetivo de localizar um suspeito que estaria se mudando para a capital sergipana.
Mas, segundo informações da assessoria de comunicação da Polícia Federal, o mandado judicial acabou não sendo cumprido porque o suspeito não foi localizado no bairro indicado, que seria a Atalaia, e no local não se encontrou produtos suspeitos que deveriam ser apreendidos nesta operação. Além de ter Sergipe como alvo, a Operação Desventura foi deflagrada em outros quatro estados brasileiros [Goiás, Bahia, São Paulo e Paraná] e também no Distrito Federal.
Nesta operação, a Polícia Federal mobilizou cerca de 250 policiais nestes estados para cumprir 54 mandados judiciais, sendo cinco de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão. De acordo com informações da Polícia Federal de Goiás, os acusados agiam com o objetivo de fraudar o pagamento de loterias por meio da validação fraudulenta de bilhetes de loteria.
Conforme a PF, a equipe que investiga o suposto esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas do banco, que eram escolhidos por movimentarem grandes volumes financeiros e que foram usados para recrutar gerentes da Caixa para serem utilizados na fraude. Dentre esses correntistas foi identificado, inclusive, um ex-jogador de futebol da seleção brasileira, segundo a PF.

De posse de informações privilegiadas, a quadrilha contatava esses gerentes, que se encarregavam de viabilizar o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos. Durante as investigações, um integrante da quadrilha chegou a ser preso quando tentava aliciar um gerente para o saque de um bilhete de loteria no valor de R$ 3 milhões. Poucos dias depois de liberado pela polícia, o suspeito foi executado em condições que ainda estão em investigação.

Durante a investigação, foi possível identificar ainda a atuação de doleiro na organização criminosa, além da prática de outros delitos como fraude na utilização de financiamentos do BNDES e do Construcard e liberação irregular de gravame de veículos.
A investigação conta com o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal. Os envolvidos responderão por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas

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