Grupo agiu em Siriri, Propriá, Arauá, Pacatuba, Capela e Japaratuba. Vereador de Poço Verde comprava explosivos na Bahia, segundo delegado.
27/07/2015 10h17 - Atualizado em 27/07/2015 10h54
Por Marina Fontenele e Tássio Andrade
Do G1 SE
Presos componentes de quadrilha de roubo a bancos em Sergipe (Foto: Tássio Andrade/G1)
Presos componentes de quadrilha de roubo a bancos em Sergipe (Foto: Tássio Andrade/G1)
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) divulgou na manhã desta segunda-feira (27) detalhes da operação que resultou na identificação e prisão de suspeitos de ataques a agências bancárias de Sergipe. Segundo o delegado Jonathas Evangelista, diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), um vereador do município de Poço Verde é procurado por fornecer explosivos aos criminosos.
“Recebemos informações dos próprios presos de que os explosivos adquiridos pela quadrilha teriam sido vendidos pelo vereador de Poço Verde. Aprofundando as investigações conseguimos identificar ele como fornecedor das dinamites. Ele comprava na Bahia e estava fazendo a revenda desses itens aqui em Sergipe”, explica o delegado.
O vereador está sendo procurado pela polícia sergipana e deve se apresentar para prestar esclarecimentos a qualquer momento. De acordo com Evangelista, o parlamentar já foi conduzido à polícia anteriormente por ter sido encontrado com um veículo clonado, ele tem um processo por isso em andamento.
O grupo criminoso utilizava armas de fogo e explosivos para ataques a instituições bancárias de vários municípios. Eles agiam durante a madrugada, quebravam as portas de vidro com alavanca, danificavam a carenagem de caixas eletrônicos, inseriam os explosivos e aguardavam a detonação.
“Em algumas ações eles não conseguiram concluir o crime, talvez por não saberem manusear bem as dinamites. Em outras, houve pequenas explosões que não foram suficientes para abrir o equipamento eletrônico”, revela o delegado.
Vereador de Poço Verde seria o fornecedor da dinamite
Explosão a dois aixas eletrônicos do Bradesco em Capela
Explosão a dois aixas eletrônicos do Bradesco
em Capela
Cidades atingidas
Segundo Evangelista, a quadrilha começou a ser identificada desde a primeira explosão deste ano, que aconteceu no mês de março em Siriri, que teve sequência com o ataque a caixas eletrônicos em Propriá.
“Em maio, após as explosões em Arauá e Pacatuba, conseguimos realizar outras prisões que nos ajudaram a coletar provas e mais informações para a identificação dos demais integrantes do grupo. Prendemos mais três suspeitos e, a partir de então, identificamos a participação de outras pessoas”, revela o delegado.
O Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) contribuiou com a prisão de mais três suspeitos na quinta-feira (23). Com eles, a polícia encontrou bananas de dinamite, capuzes, luvas e uma arma de fogo. Segundo o delegado, esses presos já confessaram participação nas explosões de Capela e Japaratuba.
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