A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (26) a operação Urubu de Baixo, com o objetivo de desarticular quatro grupos de associações criminosas responsáveis por homicídios, roubos, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições na cidade de Propriá. De acordo com a PF, os crimes tinham características de extermínio.
Na ação, realizada em conjunto com a Polícia Civil do Estado de Sergipe, estão sendo cumpridos 21 mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva. Com exceção de uma condução coercitiva com mandado de busca e apreensão que está sendo realizado na cidade de Estrela do Oeste (SP), as demais ações acontecem na cidade de Propriá.
Estão participando da ação policial, 120 policiais federais e 50 policiais civis, incluindo operadores do Comando de Operações Táticas da PF e do Grupo Tático da PC. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Sergipe. Um helicóptero da Polícia Civil sergipana dá apoio à ação.
De acordo com a Polícia Federal, a investigações das policias foram iniciadas em fevereiro deste ano e constataram a atuação de quatro organizações criminosas distintas na região do baixo São Francisco. Esses grupos foram responsáveis por pelo menos cinco homicídios e duas tentativas de homicídio durante o período da investigação, além de promoverem intenso tráfico de entorpecentes, comércio ilícito de armas de fogo e munições e roubos.
Com a deflagração dessa operação, a PF espera que outras mortes brutais na região venham a ser elucidadas, após a análise de material apreendido nas buscas, bem como pelo resultado das oitivas dos investigados. Todos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal no estado, sendo que os presos serão encaminhados temporariamente ao Complexo Penitenciário de Aracaju e os depoentes em condução coercitiva serão liberados.
Os presos devem ser indiciados - de acordo com seus atos, nas medidas de suas participações – pelos crimes de associação criminosa, de homicídio, de tráfico de drogas, de associação para o tráfico e de comércio ilegal de armas e munições com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
Uma coletiva de imprensa será realizada no final da manhã de hoje, no final da manhã, no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em Sergipe
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